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Não canta de madrugada, não esgravata o chão à procura de minhocas, não pica e não gosta de milho mas empoleira-se na parede para cacarejar recados e as faltas no frigorífico e na despensa e relembrar a tabuada a quem já não faz (ou nunca fez...) ideia de quantos são oito vezes sete.
Vendido.
Tal como estas primeiras, também estas duas se cansaram dos més das outras e decidiram tresmalhar-se para mundos mais verdes e arejados.
Vendidas.
Uma amiga resolveu o problema e salvou-os do anonimato. São, portanto, os cães farruscos. Obrigado, Cristina!

Primeiro nasceram para ser ninho de cactos e talvez de hortelã, coentros e rosmaninho. Mas depois foram-se alargando casa fora e tomando outras responsabilidades. Albergar as colheres de pau, por exemplo, e não deixar dispersar para debaixo da cama os lápis de cor do miúdo. Têm-se saído bem nestes novos encargos mas ainda não perdi a esperança de os povoar numa das paredes do quintal semeados de cores e cheiros.
O que é engraçado é que, com o programa nas mãos, já tínhamos decidido que íamos lá ouvir a Maria João e o Mário Laginha na tarde de vinte e oito de Setembro. Mas como isto de nos cantarem os parabéns só uma vez por ano é pouco, afinal este mês há mais uma feira. Juntamos assim o que gostamos de fazer ao que gostamos de ouvir.