segunda-feira, 15 de junho de 2009

com as mãos na massa

Já foi há mais de dois meses, mesmo ali uns dias antes do miúdo me nascer, mas hoje, enquanto dava nomes e salvava outras, encontrei-me com estas e achei um desperdício não as relatar aqui. É que, depois de tantos, o bom funcionamento da coisa não deixa de me espantar. Pela concentração (vinte e muitos meninos de três, quatro, cinco e seis anos mais de uma hora e meia na mesma actividade quando a educadora diz que noutras meia hora já é uma meta difícil de chegar), pelo interesse (Porque é que o barro agora está cinzento e depois de cozido fica branco? Porque é que tens que pôr um pano por baixo? Vais cozê-las no forno da cozinha? Porque é que há barros de tantas cores?), pela alegria (as bolinhas e lagartinhas e pizzas e os enlameamentos de mãos, braços e até caras depois do Pronto, agora que já acabaram podem fazer o que quiserem com os restinhos.) e pela lástima (Já acabou? Oh, que pena. Queria fazer mais. Quando é que vêm cá outra vez?).

Fica-me sempre a pena pelas óptimas fotografias que não tiro, que as minhas mãos sujas e o ajudá-los e os problemas de aqui montrar carinhas pequeninas atrapalham-me, mas ganho muitos sorrisos, beijinhos e frases bonitas. E um rebanho de ovelhas todas diferentes umas das outras.

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