segunda-feira, 17 de março de 2008

pai-galo



Apaixonei-me por ele assim que se desembrulhou das bolhas protectoras e chamei-lhe galinha. O Mário, que comigo divide os dias e os trabalhos, negou-lhe o feminino e assegurou-o galo. Que se está mesmo a ver, no alturar do corpo e do rabo, no desarrumado da crista e no alongado das barbichas. Convenci-me a custo, que o jeitinho simpático que lhe encontro não o iguala em nada aos cantares de galo belicosos, emproados e solitários dos reais. Um galo com asas-corações não combina com solidões. Um galo com asas-corações precisa de família e de amigos...

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