quarta-feira, 26 de março de 2008

era uma vez...

Assim mais ou menos à laia de compensação pelos constantes Cuidado! Isso parte-se! e Não mexas! Ainda está fresco, vais desmanchá-lo!, que isto de ter quatro-anos-quase-cinco muito remexidos e uma mesa com barros a atrapalhar as correrias para jogar à bola, fazer bolhas de sabão e gizar calças, dedos e chão no quintal, às vezes marioneto-lhe os bichos à frente e invento enredos. Era uma vez um porquinho que vivia muito triste porque o menino dono gastava as moedas todas em gomas e chupa-chupas e nunca lhe dava nenhumas... Era uma vez um galo que queria casar e pôs-se a cantar para ver se alguma galinha o ouvia... Era uma vez uma ovelha que estava farta de ser branca...

Na escola, quando falaram dos trabalhos dos pais, o meu miúdo respondeu A minha mãe conta estórias de barro. Tenho um filho-poeta.

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